Bem a caderneta da Panini presta
agora homenagem àquele que é possivelmente dos jogadores mais caceteiros de que
tenho memória a jogar no futebol português: o antigo central do Boavista Paulo
Turra! Para mim este nome há-de sempre ser sinónimo de “paulada no osso” aos
adversários, daquela que até doía só de ver. Era um jogador impetuoso, que
limpava tudo que mexia e lhe aparecia à frente. A verdade é que se observamos
os registos do jogador no campeonato português vislumbramos que só lhe foi exibida
por três vezes a cartolina vermelha (para este senhor isto parece-me muito
pouco) duas das vezes em jogos contra o Sporting CP, e tenho a certeza que em
ambas as situações, nas palavras de Jaime Pacheco foram mal mostrados, embora
Jaime Pacheco começa-se sempre as suas críticas com a frase “Toda a gente sabe que
não gosto de falar dos árbitros, mas…”. Contextualizando a contratação de Paulo
Turra o que vemos é que o Boavista tinha acabado de ser campeão e precisava de
construir um plantel pronto a atacar a Champions Legue. Ora sabendo-se do gosto
deste Boavista pelo futebol bem jogado a decisão da equipa técnica axadrezada
achou por bem resgatar este brasileiro à equipa do Palmeiras. Decisão que
porventura, anos mais tarde julgo que podemos dize-lo, não foi bem recebida
pelos avançados mais tecnicistas do nosso campeonato. Contudo a equipa
Portuense acabou por fazer uma caminhada interessante na maior competição de
clubes da UEFA, caindo apenas na segunda fase de grupos (na altura que o
organismo que regula o futebol europeu resolveu inventar uma geringonça muito
manhosa que só durou duas épocas…), num grupo onde também figuravam Manchester
United e Bayern Munique. Tudo isto porque, possivelmente, Paulo Turra era um
jogador que do ponto de vista defensivo, com os seus métodos pouco
aconselháveis lá ia cumprindo. Fisicamente era forte, recordo-me que a sua
aparência fazia-me sempre lembrar um imigrante de Leste, mas os seu pés não
eram um porto seguro para os seus companheiros de equipa colocarem a bola. Era
o típico central do recebe e alivia que a baliza está já aqui atrás e ninguém
quer problemas… A verdade é que nos seus 4 anos em Portugal (3 no Bessa e um
depois em Guimarães) marcou mais golos que Anderson Polga: 2, Nacional da
Madeira e Sporting de Braga foram as vítimas deste portento do futebol que
andou por aí a espalhar o seu perfume pelos nossos relvados. Depois disto, em
2005, quando já vestia a camisola do Vitória do Minho abalou para a Escócia
(definitivamente um futebol à medida de Paulo Turra), para representar o
Hibernian. Só lá esteve um ano, depois tirou o bilhete de volta para o Brasil e
ali acabou a sua carreira a jogar pelo Avaí. Na minha memória vão ficar sempre
aquelas entradas impetuosas e aqueles pés que eram um verdadeiro susto…
E o avalos? dava mais pau ainda xD
ResponderEliminarO que não faltou por aí forma caceteiros... Quando me lembro do Tahar, que medo...
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